Segunda, 29 Abril 2024
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Adahil Barreto

Adahil Barreto Cavalcante, deputado federal, líder nacionalista In memoriam

Ele é nome de rua, de praça, de hospital, de avenida, de colégio, em Iguatu, Acopiara e Fortaleza. Adahil Barreto Cavalcante nasceu em Iguatu, 13 de julho de 1914, filho de Júlio Cavalcante e Júlia Barreto Cavalcante. Em Fortaleza, morou na Rua Sítio Cedro, 90 – Dionísio Torres. No Rio de Janeiro, no Hotel Flórida, no Flamengo, ao lado do Palácio do Catete, na rua Ferreira Viana. Foi casado com dona Elza Maia Barreto Cavalcante e não tiveram filhos.

 

Em 1963, em Brasília, foi fundador da Casa do Ceará em Brasília, junto com seus colegas deputados federais, Crisantho Moreira da Rocha, Álvaro Lins Cavalcante, Ernesto Gurgel Valente, Antonio Jucá, Edilson Melo Távora, Esmerino Arruda, Expedito Machado da Ponte, Flávio Portella Marcílio, Francisco Menezes Pimentel, Jorge Furtado Leite, José Flávio Costa Lima, José Martins Rodrigues, Leão Sampaio, Ozires Pontes, Padre José Palhano de Sabóia, Raul Barbosa e Valter Bezerra de Sá, mais os jornalistas Fernando César Mesquita e Nogueira Saraiva.

 

Foi candidato ao Governo do Estado do Ceará em 1962, liderando a oposição, mas perdeu para o coronel Virgílio Távora.

 

Estudou no colégio São Luiz, Liceu e Faculdade de Direito do Ceará, recebendo diploma de Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais (1938).

 

Advogado, ingressou na Polícia e foi delegado de Investigações e Capturas. Deputado estadual e federal por Iguatu; vice-presidente da Frente Parlamentar Nacionalista, relator da CPI incumbida de examinar a conveniência de aquisição pelo Brasil do acervo de companhias de energia elétrica com contratos vencidos ou prestes a vencer; autor do projeto que deu o nome de Pinto Martins ao aeroporto de Fortaleza.

 

Cassado pela revolução de 1964, voltou à política e candidatou-se novamente à Câmara Federal, mas faleceu em 11 de novembro de 1982, quatro dias antes da eleição. Dá nome da uma praça em Fortaleza.

 

Foi funcionário do Tribunal de Contas, de 1935 a 1939; das Municipalidades da Secretaria do Interior, de 1939 a 1945; delegado de Investigações e Capturas, de 1945 a 1946; deputado estadual, de 1947 a 1951; e deputado federal por Iguatu e Acopiara.

 

Mandatos Exercidos:

 

Deputado federal, de 1951 a 1955, CE, UDN, empossado em 11/3/1951; deputado federal, de 1955 a 1959, CE, UDN, empossado em 1º/2/1955; deputado federal, de 1959 a 1963, CE, UDN, empossado em 1º/2/1959; deputado federal, de 1963 a 1964, CE, PTB, empossado em 2/2/1963.

 

Filiações Partidárias:

 

UDN, 1954 a 1962; PTB, 1962; PMDB, 1982.

 

Atividades Partidárias:

 

Vice-líder da UDN, 1957 a 1958.

 

Atividades Parlamentares:

 

COMISSÕES PERMANENTES: Orçamento: Membro Efetivo, 1963; Educação: Membro, 1955 a 1959; Legislação Social: Membro, 1955 a 1959; Relações Exteriores: Suplente, 1963.

 

CPI: Membro, CPI para Investigar as Causas dos Últimos Desastres Aéreos Ocorridos no País, 1961.

 

Missão Oficial:

 

Representante da Câmara dos Deputados na União Interparlamentar de Turismo, Bruxelas, Bélgica, 1961.

 

Obra Publicada:

 

O Papel da Mocidade no Movimento de Renovação da Política Brasileira, 1947.

 

Perdas de Mandato:

 

Mandato de deputado federal cassado, na legislatura 1963-1967, em face do disposto no art. 10 do Ato Institucional nº 1, de 9 de abril de 1964, nos termos do Ato nº 2 do Comando Supremo da Revolução, de 10 de abril de 1964, publicado no DO de 10/4/1964, p. 3.217.

 

Atribui-se sua cassação ao fato de ter sido o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a examinar a situação das empresas concessionárias de serviço público subsidiadas do grupo AMFORP, em 63, que examinou o memorial sobre a situação das empresas elétricas do grupo AMFORP; a cópia do “memorando de entendimento” firmado em abril de 1963, entre o governo brasileiro, a AMFORP e a Brazilian Eletric Power Company (BEPCO); a cópia de discurso proferido na Câmara dos Deputados em 12/6/1963 pelo ministro da Fazenda, San Tiago Dantas, expondo a opinião do governo brasileiro em relação à compra das concessionárias de serviços públicos de energia elétrica e de telecomunicações; o caso das concessionárias dos serviços públicos de energia elétrica e telefones; o relatório final da Comissão Interministerial incumbida de rever o “Memorando de Entendimento” de abril de 1963 e concluir as negociações com a AMFORP; mensagem enviada ao Congresso Nacional pela Comissão Interministerial propondo projeto de lei que autoriza a Eletrobrás a adquirir ações das empresas concessionárias de serviços públicos; o discurso pronunciado por Otávio Marcondes Ferraz por ocasião da assinatura do contrato de compra e venda das ações das subsidiárias da AMFORP e o histórico da operação de compra das ações e direitos da AMFORP e BEPCO nas suas subsidiárias no Brasil.

 

Outras Atividades:

 

Voltou à política e candidatou-se novamente à Câmara Federal, mas faleceu em 11 de novembro de 1982, quatro dias antes da eleição.

 

Integrou o grupo Bossa-Nova da UDN.

 

Foi vice-presidente da Frente Parlamentar Nacionalista, um grupo de deputados de esquerda que não eram comunistas, mas defensores de um país livre, democrático e soberano, integrada por Ferro Costa, do Pará; Neiva Moreira, do Maranhão; e Seixas Dória; de Sergipe.

 

Exerceu a função de relator da CPI incumbida de examinar a conveniência de aquisição pelo Brasil do acervo de companhias de energia elétrica com contratos vencidos ou prestes a vencer.

 

Foi autor do projeto que deu o nome de Pinto Martins ao aeroporto de Fortaleza.

 

Empenhou-se pela extensão da energia de Paulo Afonso ao sul e ao centro do Ceará. (JBSG)