Segunda, 29 Abril 2024
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Antônio Dionísio Feitosa de Noronha

Antonio Dionísio Feitosa de Noronha (Tauá) - um zootecnista, nacionalista,  sem arestas ideológicas

 

Antônio Dionísio Feitosa Noronha (filho de Joaquim Solon de Noronha e Francisca Ferrelina Feitosa Noronha) nasceu em 20.4.1942, na Fazenda Horizonte, município de Tauá, no Ceará. Em 12.03.1984, casou em Brasília, com Maria Bueno Teixeira (filha de Antônio A. Antunes e Maria Bueno), com quem tem os filhos Antônio Dionísio Feitosa Noronha Filho (28.01.1985) e Ana Clara Bueno Teixeira Feitosa Noronha (26.12.1990).

Fez os cursos primário, ginasial e científico no Colégio São Luiz, na cidade de Pacoti, na Serra de Baturité, no Ceará. Formou-se em Zootecnia na Faculdade de Zootecnia, Veterinária e Agronomia de Uruguaiana, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, e também cursou Planejamento e Administração Educacional na Universidade do Oeste Paulista, Presidente Prudente (SP). Especializou-se em Produção Animal (área de melhoramento genético animal, de pastagens etc.) na Universidade de Ciências Agrárias de Buenos Aires, Argentina.

Como zootecnista, professor de zootecnia e autor de vários livros e trabalhos especializados em produção agropecuária, foi cedido para ser diretor da Fazenda Experimental de Italva, em 1975, na cidade de Campos, Rio de Janeiro, de onde saiu com o reconhecimento e agradecimento unânime da Câmara dos Vereadores ao Governo do Rio de Janeiro, “pelo firme propósito de transformá-la num grande centro de pesquisa agropecuária no Estado e no Brasil”. Colaborou a pedido da Escola Superior de Agricultura de Mossoró do Rio Grande do Norte, na estruturação do Depto. de Zootecnia,  formação do Núcleo sobre gado leiteiro com raças zebuínas, holandesas etc.Nessa linha de trabalho, viajou por todo o país, ministrando palestras em instituições universitárias, federações de agricultura,  obrigando-se a escrever artigos e colaborar em entrevistas a jornais, revistas especializadas, emissoras de rádio e TV, em Estados de todas as regiões do Brasil.

Com inúmeras publicações de livros abordou amplamente a suinocultura, a produção de leite, forrageiras etc., gerando bibliografia útil para o setor, analisando aspectos regionais no Brasil e no exterior.

Trabalhou na Diretoria de Ensino da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, sendo professor em cidades como Penápolis, Presidente Prudente, Itú e outras e outras cidades do Vale do Paranaíba. Depois, na direção do Departamento de Economia da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), responsável pelo setor de Pecuária, assessorando a entidade em todo o país na área de zootecnia.

Fez inúmeras palestras nas Comissões especializadas da Câmara dos Deputados em Brasília, aonde, por exemplo, fez advertências sobre a falta de financiamento governamental ao setor agropecuário, o que redundava em grade prejuízo aos trabalhadores assalariados pelo aumento dos preços, por exemplo, do leite e carne bovinos. E também, pelo erro de gestão no investimento na agricultura do Nordeste, ao invés de estimular a pecuária, pois numa seca é mais fácil salvar animais com emprego de pastagens cultivadas, silagem, feno, do que salvar culturas como feijão, milho, arroz, etc.     

No período do governo Fernando Henrique Cardoso, em razão da sua experiência nas áreas de agropecuária e política fundiária, convidado, realizou um complexo e gratificante trabalho que permitiu ao Ministério da Agricultura (Incra) efetivar a Reforma Agrária em 6.205.006,2607 hectares,  sob a guarda do Exército Brasileiro, distribuída em Estados como Rondônia, Amazonas, Roraima, Pará, Tocantins, Mato Grosso, Maranhão etc.. A ação foi árdua porque havia um emaranhado de mais de 100 mil leis, decretos, portarias que tratavam do assunto, enquanto o país enfrentava intensa agitação popular reivindicando Reforma Agrária, gerando invasões em propriedades particulares.

Em todo este percurso, Dionísio com suas publicações técnicas, aulas e palestras, estimulou parlamentares a elaborar projetos de leis. Um deles, do Deputado Siqueira Campos (PJL nº 2.489, de 1979), que “estabelece medidas de estímulo à criação de matrizes bovinas, eqüinas, caprinas, suínas e ovinas”, concedendo facilidades tributárias e proibindo o abate e exportação de matrizes.

Nacionalista, sem arestas ideológicas, defende a tese de que o ser humano tem que estar preparado para enfrentar com otimismo e coragem as diversas circunstâncias da realidade da vida, com a qual está satisfeito, e garante que repetiria as ações que sempre praticou ao longo deste tempo em nova existência, e considera que recebeu de Deus mais do que merece. Atualmente continua atuando em pecuária em iniciativa privada. (LJMJ)