Segunda, 29 Abril 2024
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Edson Alencar Cabral

Edson Alencar Cabral (Fortaleza) O cearense que fotografou o local onde foi implantada a cidade de Brasília In memoriam

Cearense, o engenheiro Edson de Alencar Cabral descende da família do romancista José de Alencar. Ele veio do Rio de Janeiro, como presidente da Geofoto, para realizar, no início da década de 50, os levantamentos aerofotogramétricos da área de 50 mil quilômetros quadrados do Planalto Central, para nele definir os melhores sítios para a localização da nova capital.

 

Em 1953, esteve na região trabalhando para a Aerofoto Cruzeiro S.A, que fez a cobertura aerofotogramétrica da área do Quadrilátero Cruls, cujo trabalho foi realizado por interferência do senador Jerônimo Coimbra Bueno junto ao presidente Getúlio Vargas, que autorizou a Comissão do Vale do São Francisco a encomendar o serviço.

 

A equipe de Edson Alencar Cabral esteve em Brasília em 1954.

 

Os levantamentos da Aerofoto permitiram a elaboração do Relatório Belcher, engenheiro norte-americano que fez a interpretação dos dados.

 

Foi casado com Maria Thusnelda de Alencar Cabral, com quem teve duas filhas: Neila Maria e Kátia Maria.

 

Na construção de Brasília, criou a construtora Belcar, que trabalhou no revestimento do edifício do Congresso Nacional. Depois, criou outra construtora, a Constrular, que construiu o primeiro edifício comercial da W3, o Sagitarius.

 

Teve uma chácara no Núcleo Rural de Sobradinho, onde recebeu o presidente JK. (JBSG, com AA)

 

Eis um texto de Adirson Vasconcelos publicado em Os Pioneiros da Construção de Brasília: NESTE TEXTO HÁ DADOS JÁ CITADOS NO TEXTO ACIMA, É PRA FICAR ASSIM MESMO?

 

“Engenheiro. Presidente da Geofoto, empresa de aerofotogrametria que, no início da década de 50, realizou para Donald Belcher os levantamentos aerofotogramétricos da área de 50 mil quilômetros quadrados do Planalto Central, para, nele, definir os melhores sítios para a localização da nova capital brasileira.

 

Edison de Alencar Cabral é um dos primeiros pioneiros a trabalhar na área onde seria a futura capital do Brasil. Oriundo do Rio de Janeiro, embora sendo cearense de nascimento, chegou à região de Planaltina em 1954, liderando sua equipe de trabalho e com o mesmo espírito de pioneirismo dos bandeirantes.

 

Os trabalhos de sua empresa, a Geofoto, permitiram a elaboração do Relatório Belcher, engenheiro norte-americano que fez a interpretação dos levantamentos aerofotogramétricos da região destinada à nova capital.

 

Antes, em 1953, trabalhando para a firma Aerofoto Cruzeiro do Sul S.A, fez a cobertura aerofotogramétrica da área do Quadrilátero Cruls, cujo trabalho foi executado por interferência do senador Jerônimo Coimbra Bueno junto ao Presidente Getúlio Vargas que autorizou a Comissão do Vale do São Francisco a encomendar o serviço.

 

Casado com a Sra. Maria Thusnelda de Alencar Cabral. Pai de Neila Maria e Kátia Maria.

 

Edson de Alencar Cabral realizou, durante a construção de Brasília, uma série de outros trabalhos ligados ao campo da topografia e fundou uma firma construtora que executou o revestimento do Congresso Nacional. Era a Belcar. Depois fundou a Constrular.

 

Dos tempos pioneiros, guarda duas recordações que lhe são muito gratas: ter participado do trabalho de identificação do sítio ideal para a localização de Brasília e receber, em sua chácara em Sobradinho, depois da inauguração da capital, a visita do presidente Juscelino Kubitschek.

 

O engenheiro Edson de Alencar Cabral descende do famoso romancista cearense José de Alencar.

 

Pela sua atuação pioneira, fazendo os primeiros levantamentos da área onde seria Brasília, corre o dito popular de que ‘Cabral descobriu o Brasil. E Cabral descobriu Brasília’. Depois da inauguração da cidade, o engenheiro Edson de Alencar Cabral fixou-se numa chácara no Núcleo Rural de Sobradinho. Nesta fase construiu o primeiro edifício comercial da Avenida W3 – o Sagitarius.

 

Ernesto Silva, no seu livro História de Brasília, revela, sem mencionar Edson Alencar Cabral, que ‘o trabalho da Cruzeiro do Sul levou apenas alguns meses e já em janeiro de 1954 a área estava fotografada’, compreendendo 52.000 quilômetros quadrados, dividida em 18 quadrículas, para melhor facilidade do trabalho e com 480 mosaicos e 18 fotoíndices.

 

Em 25 de fevereiro de 1954, foi assinado o contrato entre a Comissão do Vale do São Francisco e a empresa norte-americana Donald J. Belcher and Associates Incorporated, com sede em Ithaca, New York, EUA, com prazo de 10 meses e um custo de US$ 350 mil.

 

Em fevereiro de 1955, Donald J. Belcher entregou seu Relatório, escrevendo no início: ‘O Brasil deve ser louvado por ter sido a primeira nação da História a basear a seleção do sítio de sua Capital em favores econômicos, científicos, bem como nas condições de clima e beleza’.” (JBSG)